sábado, 27 de julho de 2013

Ontem eu falei com um sábio,
Ele me trouxe pra realidade, estilhaço
Falou que nem tudo se resume a entusiasmo,
E que o circo não se faz só de palhaço.

O palhaço é quem traz a alegria,
O momento mais esperado do espetáculo,
Pelas crianças, eu diria
Que ainda tem a ingenuidade de rir de um tropeço,
Com aquela vontade que não tem preço.

Já o adulto,
Esse está ansioso para ver o domador,
Correr o perigo de perder seu valor,
Na boca de um leão,
Na frente de toda multidão.

Ingenuidade de criança a minha,
Acreditar que o sentimento se resume ao entusiasmo,
O verso se resume a inspiração,
Que a forte pulsação,
É o coração da relação.

Abriu meus olhos,
E confesso, perdi um pouco da empolgação,
Escrevia como uma criança,
E agora tenho medo de morrer como o domador,

Na boca de um leão.

sábado, 20 de julho de 2013

-E quando não tiver mais o que escrever, como vai ser?
-Ó minha filha, não pense nisso,
Viver sem pensar é o que te faria não escrever,
E viver sem pensar não é viver,
É morrer,
O que seria dela(a vida) sem sentimentos?
-Ventos?
-Sussurros de tormentos,
Por ter ficado ao relento,
Por não ter se expressado,
Parado e pensado,
Que o que te faz sorrir é o mesmo que te faz chorar,
Que o medo trava, entrava
O choro afaga,
O melhor é se entregar
- Mas moço, vale mesmo à pena,
Escrever esses poemas,
Tentar transmitir em palavras,
O tom dos versos, de um amor, e de um dilema?
- Sim, no fim o que ficam são as notas,
(res)Sentimentos de cartas sem respostas,
Ou felicidades de encontrar a beleza nas estrelas,
Quanta ousadia a minha,
Não, proeza
Afinal só vê a rima,
Quem tem o dom de saber canta-lá, senti-lá,
Todavia, quem não admirar a riqueza dos sentimentos,

Infelizmente moça, esse merece o som e o (res)sentimento do vento.
Vinho tinto,
Lábios roxos,
Conversa fluindo,
Sorrisos frouxos.
Fogo, lareira,
Era frio,
Agora quente, clareira,
Corpo mole, sutil.
Palavras faladas,
Antes articuladas,
Estava faltando coragem,
Agora ela exala.
Vem, chega mais perto
Ou me filma com olhar de recém descoberto,
Mas me domina,
Me faz a tua sina,
Consigo sentir teu corpo,
Mesmo distante, e isso não te constrange,
Tome mais uns goles,
Seremos então vozes,

Depois... Vorazes.

Amores, bebidas, sentimentos, vidas

Amnésia ao acordar,
Esqueço das pessoas do presente,
Sinto o passado escapar,
Me sinto ausente.
Acordo precisando conquistar um novo amor,
Ou reconquista-los,
Acabo deixando vulneráveis,
Os que estão no calor.
O que eu tenho domínio perde a graça,
Vira em traça,
Moço?!
"Outra taça,
E por favor,
Que me refaça"
Com amor, ou sem
As vezes o bom é a dor,
Dor de amor,
Ela me (convêm),
Paixão, sem razão,
Sem script,
Uma pitada de drama,
Mas que prevaleça a ação
Pode ser carnal,
Homo ou heterossexual,
Repentino,
Desatino,
Frio e fino como champanhe francês,
Ou quente e charmoso como cappuccino.
Moço, não deixe eu me perder entre essas bebidas,
Não quero sentimentos e vidas,
Corrompidos pelo meu prazer,
De poder encontrar e perder,

Amores a cada amanhecer.

Pra quem sabe o que é ter amigos:

Feliz,
Feliz de quem tem um abraço,
Abraço amigo, forte, comprido,
Que te deixa preenchido,
De tão apertado, dolorido.

Sorte,
Sorte de quem tem a felicidade de um sorriso,
Sorriso sincero, espontâneo, preciso,
Contagia,
Mistura de entusiasmo e alegria.

Obrigada,
Por me dar tua amizade,
Ser de verdade,
Me colocar no lixo,
Dizer chingamentos,
Estender a mão,
E dizer que é pro meu bem ao mesmo tempo.

Sejamos pra sempre,
Sejamos a gente,
Lágrimas e dentes,
Insensatos e confidentes.

Vou passar o pouco que sei,
Pra alguém que me faça bem,
E quando disseste "pode contar comigo",
E eu sentir que é de ti que eu preciso,

Te direi, eu te amo meu amigo.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Peitos, cabelos ao chão,
Te quero na mão,
Não,
Sinto o desprezo,
Aguça o desejo, te beijo,
Minha boca, tua nuca,
Palpito como nunca,
Explodindo, queimando,
Os corpos seguem roçando,
Goza do gozo com meu gozo,
Te peço,
Sinto teu arrepio,
Como a rapidez do meu domínio sob teu corpo,
Tua mão sente minha barriga,
Excitante devaneio que me instiga,
Grita, essa nossa sincronia,
Calor, suor, putaria
Nossos olhos estremecem como nós,
O gozo vem através do tom da tua voz,

Agora tu é minha, vadia.
Feche os olhos para ouvir essas rimas,
É  um conto de fadas com cabelos castanhos,
Um tanto diferente dos normais,
Essa história gira em torno dos estranhos.

A princesa se apaixonou pelos olhos,
Olhos de uma moça que não é da nobreza,
Até então elas eram amigas,
Quando um beijo aconteceu, se fez a certeza.

Mas como isso pode acontecer?!
Quanta estranheza,
Além de serem duas moças, duas princesas
Se o assunto é beleza

Não aconteceu no castelo encantado,
Foi no reino da Bruxa má,
Sem cavalo alado

Porém...
Uma delas irá tomar seu rumo,
Se afastar desse reino é o melhor no momento,
A princesa se vai,
Tudo isso em busca de um futuro, seu futuro
A moça?!
Essa, se encontra no escuro.

De repente a grama não tem mais o verde dos seus olhos,
A moça sente medo, medo do veneno da bruxa,
Onde está a lua, o céu estrelado e a beleza dos orvalhos?
A moça que tinha um grande sorriso,
Agora está murcha.

Moça, vá plantar outras raízes,
Afinal, já cicatrizou seu sentimentos tantas vezes,
Fim do frenesim,
Chega de carpe diem,
Imagina só, a estranheza ser comparada,
E colocada junto com a beleza da princesa.

Sem perder o misticismo,
O quebre nozes não se tornou príncipe,
O sapo não perdeu o feitiço,
Então, princesa tomou seu rumo,
Em busca de uma história que não seja resumo,

Agora com reino encantado, príncipe, e um cavalo branco alado,
Ela vai poder contar para seus netos,
O quão bom foi ter uma amiga ao seu lado, a moça
No fundo ela queria voltar e dizer o quanto a ama,
Mas elas se perderam, a moça voltou pra roça

Nesse momento, as duas olham para o céu,
Lá as estrelas formam dois véus,
Acontece um casamento de deusas,
Elas sorriem, pois suas almas se unem,
Em outra dimensão, com anjos no chão
Admirando a lindeza,
Do amor puro e sincero,

Com uma pitada de estranheza.

domingo, 14 de julho de 2013

Hoje talvez não seja o dia certo,
Afinal não estamos tão perto,
Mais uma vez me afastei,
Te magoei,
Duas, três, quatro vezes,
Meses,
Tentando negar,
Pelo visto, eu não sei mesmo te amar.
No céu os vagalumes não brilham mais,
Quando toca a música o sorriso se desfaz,
Tenta entender,
O meu bem, pode não ser o teu, meu bem
Se eu te ligasse pra contar meu dia,
A dor em mim nasceria
Todavi(d)a,
Queria saber como tu está,
Poder te ligar,
Cobranças de baixo do pano,
Sentir o aconchego de ouvir essa voz,
Enfim... nós.
Um dia a gente se encontra,
Um cigarro, um som, uma cama,
E depois tu me deixa,
Com aquele batom vermelho,
Vira e me dá um conselho,
"Não tente abraçar o mundo,

Nem todo mundo tem tudo".

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Merda de trânsito que não anda,
Consequências mocinha,
Ninguém manda,
Querer vir pra cidade grande,
Sonhar com um futuro brilhante,
Agora passe pela pobreza,
Para dar valor as libras,

Quando chegar à realeza.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Homem é mão,
Mulher é toque,
Homem um livro,
Mulher estrofe,
Homem é força,
Mulher delicadeza,
Homem romano,
Mulher duquesa,
Homem "vem cá",
Mulher "chega mais perto",
Elvis, la cucaracha
Marlyn, ritmo incerto
Homem, montanha
Mulher, serra
Gregório no inferno
Clarice na terra,
Seu jorge no ouvido,
Ana Carolina na cama,
Homem excita

Mulher se ama.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Por tirar o teu sossego
Eu anseio
Vem, nos entregamos
A esse devaneio
Em meio a teus braços
Abraços com o pulsar do peito
Não me engano mais
Cansei do medo
Chega de segurar esse grito
Eu te amo muito além do infinito
Tudo isso parece clichê
chega de falar em meias palavras pra falar bonito
Vai ser difícil, eu sei
Mas o fardo de te ter de longe
É o mais pesado que eu carrego
Sorri e me chama,
Fumando um cigarro ao som do blues,
Não se engana
E grita também que me ama.

11 minutos

Sensual,
Instigante,
Carnal,
Nunca visto dante,
Sex appeal,
No frio, calor se fez,
Mais uma vez,
Com dois ou três,
É rápido,
11 minutos,
Tempo suficiente,


De loucura e insensatez.