sábado, 20 de julho de 2013

-E quando não tiver mais o que escrever, como vai ser?
-Ó minha filha, não pense nisso,
Viver sem pensar é o que te faria não escrever,
E viver sem pensar não é viver,
É morrer,
O que seria dela(a vida) sem sentimentos?
-Ventos?
-Sussurros de tormentos,
Por ter ficado ao relento,
Por não ter se expressado,
Parado e pensado,
Que o que te faz sorrir é o mesmo que te faz chorar,
Que o medo trava, entrava
O choro afaga,
O melhor é se entregar
- Mas moço, vale mesmo à pena,
Escrever esses poemas,
Tentar transmitir em palavras,
O tom dos versos, de um amor, e de um dilema?
- Sim, no fim o que ficam são as notas,
(res)Sentimentos de cartas sem respostas,
Ou felicidades de encontrar a beleza nas estrelas,
Quanta ousadia a minha,
Não, proeza
Afinal só vê a rima,
Quem tem o dom de saber canta-lá, senti-lá,
Todavia, quem não admirar a riqueza dos sentimentos,

Infelizmente moça, esse merece o som e o (res)sentimento do vento.

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