"E o que vai manter a gente junto agora?
Tudo que poderia ter sido mas não foi, só isso poderia manter a gente agora."
sábado, 10 de novembro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
Começo de um final feliz
"Tua consciência é teu guia", quem um dia me falou essa frase não soube o verdadeiro significado dela.
Como pode uma pessoa que
julga mais os outros do que a si próprio, querer impor "boas
maneiras".
Uma pessoa que passa
dezenove anos do lado da outra mentindo, fingindo ser uma pessoa correta, com
um ar superior (como se tivesse o direito), tem capacidade de olhar pro
parceiro, e para os frutos do "amor" e não sentir vontade de se
desmentir, mostrar que ele também erra, que tem seus fracassos, fracassos
esses, maiores que qualquer um dos que ele aponta nos outros. O consolo dele
era exaltar os pequenos erros dos outros pra se mostrar superior.
Essa pessoa de quem eu
falo, é meu pai, e pela primeira vez em meus textos que eu denomino a quem me
refiro. Se não fosse assim talvez ninguém entenderia o tamanho da mágoa que ele
fez nascer em mim. Um homem em quem eu vejo e me baseio na ideia de que
definitivamente não quero casar.
Que amor é esse tão
grande que ele dizia sentir pela minha mãe, olhando nos meus olhos, e depois
procurando "o que ele não tinha em casa na rua".
Na verdade eu já tive
tantos sentimentos por ele, raiva, mágoa, nojo, mas o que mais transparece
agora é o medo. Medo por não saber quem me criou, do que ele já foi capaz, medo
de saber que sou dependente dessa pessoa, que não posso falar nada pra ela
porque a vida DELES não me diz respeito, como se a vida fosse só deles, como se
nenhuma discussão ou intimidade na minha frente tenha feito diferença alguma na
minha vida. Medo de ter que fingir que está tudo bem, que eu não tenho nenhum
ressentimento dele pra não causar atrito na nossa relação.
Nossa relação, relação
essa que a gente vai ter que criar, como eu vou poder olhar nos olhos dele sabendo
de tudo que ele já fez pra minha mãe, da
capacidade que ele teve de omitir por tanto tempo, não sei se eu vou conseguir,
sinceramente. Eu não tenho sangue frio, sou impulsiva, falo o que eu penso na
hora que eu bem entendo, e ele merecia ouvir muitas verdades que estão entaladas
junto com essas lágrimas que escorrem pelo meu rosto agora.
Ele teve a vida dele, com
quase cinquenta anos vivendo como um pia, o ciclo de amigos eram guris de
vinte, trinta anos, viajando atrás de futebol, torneios em praia, sem contar as
outras atitudes imaturas que minha mãe aguentou.
E ele parecia não
entender o orgulho que eu sinto da minha mãe, ah, essa sim, aguentou tanta
coisa nessa vida, aguentou ele humilhar ela tantas vezes na frente dos próprios
filhos, ele tinha o prazer de estragar o dia dela, chegava em casa tratando a
gente como serviçais afinal ele pagava as contas, não era mais do que a nossa
obrigação fazer o que ele ordenava.
Eu sempre falei que ele
nunca teve maturidade pra ter filhos, eles se casaram porque minha mãe
engravidou, por descuido a minha mãe vai começar a viver HOJE, aos quarenta e
um anos de idade, separada do meu pai.
Agora ela vai ter a vida dela,
ela vai ser feliz, sem dizer "e assim eles tiveram um final feliz",
eu digo e assim a minha mãe finalmente esta tendo um começo feliz. Estou
contigo sempre meu orgulho, te amo mais que tudo nessa vida.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
E que comece o jogo
A questão não é orgulho, eu só queria que tu sentisse falta de mim tanto quanto eu sinto de ti. Como que pode uma pessoa ficar uma semana sem se comunicar com a outra e depois agir como se tivesse falado ontem, e o pior, não falou por simples desleixo, porque não quis, não sentiu vontade. E ai é que tá, porque se tem alguém que te procura, alguém que se importa contigo sou eu. Afinal eu achei que tu precisasse de mim tanto quanto eu preciso de ti.
Não querer discutir o assunto pelo fato de saber que não tem argumentos ao teu "favor", que não tem desculpa por não ter me procurado. Amigo mesmo não deixa o outro de lado em hipótese alguma. Eu te procuraria mesmo no dia do meu casamento tendo mil afazeres. Mas enfim, eu espero que tu e o teu EGOCENTRISMO sejam bem felizes.
Cansei de procurar pelos outros, de levar tudo tão a sério, então é assim que vai ser, eu finjo que nada aconteceu mas também não vou mover uma palha pra colaborar pelo bem da nossa amizade, vou jogar o teu jogo. E que vença o melhor.
domingo, 14 de outubro de 2012
Eu enxergo o que você sente
Mas você responde com a boca: não.
Sua boca diz que não. Mas quando não diz nada
Me beija: sim.
Depois do beijo olho de novo em seu olhos
E vejo: sim.
Você retira a mão do meu rosto
E pede perdão: não
Me beija de novo
Como quem suplica um silêncio que diz sim
Feedback - Nenhum de nós
Mas você responde com a boca: não.
Sua boca diz que não. Mas quando não diz nada
Me beija: sim.
Depois do beijo olho de novo em seu olhos
E vejo: sim.
Você retira a mão do meu rosto
E pede perdão: não
Me beija de novo
Como quem suplica um silêncio que diz sim
Feedback - Nenhum de nós
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Se o medo e a cobrança, tiram minha esperança,
tento me lembrar, de tudo que vivi,
e o que tem por dentro, ninguém pode roubar.
Descanso agora, pois os dias ruins,
todo mundo tem,
já jurei pra mim, não desanimar.
E não ter mais pressa,
pois sei que o mundo vai girar,
o mundo vai girar,
eu espero a minha vez.
O suor e o cansaço fazem parte dos meus passos,
o que nunca esqueci é de onde vim,
e o que tem por dentro, ninguém pode roubar.
Descanso agora, pois os dias ruins, todo mundo tem,
já jurei pra mim, não desanimar.
E não ter mais pressa, pois sei que o mundo vai girar,
o mundo vai girar, e eu espero a minha vez.
E eu não tô aqui pra dizer o que é certo e errado,
ninguém tá aqui pra viver em vão,
Então é bom valer a pena, então é pra valer a pena,
ou
melhor não.
Espero a minha vez - NX Zero
sábado, 6 de outubro de 2012
Eu quero poder me entregar, e te sentir inteiro. Eu quero viver intensamente como sempre foi, me sentindo prioridade e te colocando como prioridade.
Poder brigar por motivos fúteis e se amar pelos mesmos. Deitar e sentir aquela sensação de preenchimento, sentir-me inteira, saber que tem alguém que me faz sorrir por me mandar uma mensagem com apenas três palavras.
Eu não me sinto tão forte quanto tu me mostra ser, quem dera eu tivesse metade dessa grandeza.
Quero um abraço apertado, noites em claro, tardes sorrindo, olhares que falam.
quarta-feira, 7 de março de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Amor é prosa, sexo é poesia
Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.
Arnaldo Jabor
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.
Arnaldo Jabor
Crônica do amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo Jabor.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
O tempo é nosso mestre, assim espero
Há pouco tempo li uma frase em que dizia mais ou menos assim: " Quando existe um grupo de pessoas que brigam entre si, é porque os seus interesses não são mais os mesmos. Zona verde"
A mesma me fez parar para pensar o quanto mudou a minha vida em questão de dias. Há dois meses éramos “melhores” amigos, agora só o tempo vai determinar se nossos destinos ainda se cruzarão. E porque éramos, e não somos mais?
Meu pai costuma dizer que quem não pensa com a cabeça paga com o coração. E foi exatamente isso que aconteceu, eu agi por impulso, e não foi apenas uma vez. Talvez querendo tirar o meu erro do foco, acabei usando outras pessoas e as perdi também. Éramos mais que amigos, éramos um só. Mas quando eu vi que não dependíamos mais um do outro, afinal no início de tudo se uma pessoa não estivesse presente não estariamos completos, foi ai em que eu percebi que os interesses não eram mais os mesmos, e isso foi me deixando um vazio, o medo de perder a união que sempre tivemos.
Ai os outros sentimentos vieram à tona e tomaram posse do medo, a raiva de perder o meu valor para aquela pessoa, tentar aceitar que eu não tinha mais a mesma importância de antes, tentar acreditar que procurar romances, eram mais importantes que as nossas conversas, que mesmo sendo só besteira, antes faziam sentido pra você também.
Tentar acreditar que você ainda queria ser a mesma pessoa, engraçada, extrovertida, mas nenhuma atitude sua me fazia mudar de ideia. Enfim o tempo passou, e a graça de passar noites em casa com os amigos falando idiotices passou também. Mas isso eu entendo, já passei por isso, entretanto ninguém fazia tanta questão da minha presença porque eu não estava no mesmo ritmo da "turma".
E agora você deve se perguntar se eu não vou falar dos meu erros. Desde o começo deles, eu não pensei em ninguém, fui egoísta, egocêntrica, eu sei. "Foi uma coisa de pele, atração carnal", não nego, não tenho porque desde o começo eu admiti, mas é uma pena que o arrependimento foi bater só agora, não é arrependimento pela situação, mas sim ter sido egoísta.
Bom, mas nada justifica a minha atitude, e agora não tem mais como voltar atrás. Eu só posso pedir as minhas desculpas, e dizer que eu espero que nada nem ninguém deixe a amizade de vocês se perder, nunca.
Espero sinceramente que vocês acreditem quando eu falei que me arrependo por ter usado o ato de vocês, e em momento nenhum eu inventei alguma coisa, até porque a minha única intenção era evidenciar o erro dos outros, como se isso fosse diminuir a minha a culpa.
Não temos mais clima, nem eu mesma tive coragem de dar um simples "oi" depois disso tudo, por fim ia como eu já mencionei, o tempo é o nosso mestre, assim espero.
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